Cura pelas plantas e pelo amor ao próximo

Alegria, simplicidade, amor e doação às pessoas são algumas das características que tornam tão único e especial o trabalho das agentes de saúde do Projeto Beth Bruno que vivem em Ananindeua, na Grande Belém

Bem pertinho de Belém, está Ananindeua, onde fica a Casa Madre Alphonsa, residência das Irmãs Franciscanas de São José que passam por lá. “Elas têm um trabalho muito voltado para o cuidado com o outro, porque a vivência delas é a misericórdia, ou seja, ir aonde as pessoas sofrem mais, tentar ajudar naquilo que possa aliviar o sofrimento do ser humano”, explica irmã Marialva da Costa, coordenadora do Projeto Beth Bruno, e freira missionária da congregação Missionárias Servas do Espírito Santo.

Foi com esse sentimento de compaixão que irmã Cáritas inaugurou por lá, em 2008, o tratamento da saúde com ervas e plantas. Seguindo os preceitos da fitoterapia, fazia pomadas, garrafadas, xaropes e outros remédios caseiros para ajudar a população a cuidar da saúde. Foi assim que a Casa Madre Alphonsa passou a ser um local de atendimento terapêutico. Quando Cáritas precisou deixar Ananindeua, outras irmãs que residiram na Casa deram continuidade ao trabalho. Hoje, estão as irmãs Marinete, Ana, Regina e Francisca, as terapeutas que atendem os moradores.

“Em 2015, nós chegamos com o Projeto Beth Bruno. Elas fizeram a formação em terapia floral, biomagnetismo, fitoterapia, massagem e homeopatia popular. Como elas acompanham várias pessoas doentes, essas novas terapias que aprenderam têm potencializado muito o trabalho”, conta Marialva.

“A fitoterapia por ser uma tradição é um dos trabalhos mais intensos. Inclusive, essas irmãs preparam um composto que recebeu o nome de ‘bálsamo divino’ para tratar das dores de estômago. Elas chegam a mandar até mesmo para fora do país. Com a dificuldade de enviar produtos líquidos pelo correio, elas acharam uma solução: mandam as plantas do composto, já na quantidade certa. Quando a pessoa recebe, ela somente coloca num vidro com um conservante para fazer a tintura.” Conta a favor, o fato de Ananindeua estar tão perto de Belém, assim quando as plantas medicinais não são encontradas na cidade, a capital paraense está logo ao lado. Belém é um dos principais mercados de ervas e plantas medicinais do Brasil.

O método biomagnetismo também tem sido uma das estrelas entre tantas terapias oferecidas à população.

“Desta última vez que estive lá, acompanhei o estágio delas de biomagnetismo. E outro motivo da minha visita foi estudar mais sobre os chacras, a psicossomática, as causas das doenças, aquilo que o nosso corpo sinaliza através do físico ou do mental que está acontecendo no mais profundo do nosso ser, da nossa alma. Foi muito interessante porque enquanto nós estudávamos, apareciam pessoas para ser atendidas. Discutimos também questões da homeopatia, dos florais, como podemos juntar determinadas terapias”, conta a coordenadora do Projeto Beth Bruno.

Marialva diz que estar com as irmãs Marinete, Ana, Regina e Francisca e fazer a supervisão do trabalho que elas têm desenvolvido como agentes de saúdo do Projeto, não chega a ser um trabalho.

“Para mim, é sempre uma alegria muito grande quando eu estou com esse grupo das Irmãs Franciscanas de São José, saio renovada. Isso por causa do jeito que elas fazem o trabalho, da simplicidade, da abertura, do carinho, do amor. Elas vivem de forma muito simples, tem tanto amor e doação em tudo o que fazem. Além de tudo, são muito divertidas, alegres, fazem piada o tempo todo. Eu sinto muita alegria em trabalhar com elas.”

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